Sem saco pra rimar
Eu ando num rumo sem rumo
Não sei aonde minha vida vai dar
Não sei aonde vou parar
Eu ando sem saco pra tudo
Pra comer
Pra andar
Pra arranjar emprego
Pra sair e me divertir
Pra rir
Pra chorar
Ando sem saco até mesmo pra sonhar
E pra rimar
Mas acabo rimando sem notar.
Eu amo alguém que não me ama,
Amo um outro alguém que eu não conheço
E sei que um certo canalha me deseja.
Mas nada disso me anima
Nada me tira desse tédio.
Há quem diz que dinheiro não é nada
Que dinheiro não é felicidade.
Mas neste mundo consumista,
neste mundo capitalista,
a dura verdade é outra.
E eu continuo precisando de dinheiro
E cada vez mais tenho menos dele.
É, e eu continuo sem saco
Sem saco pra rimar.
E sem saco pra terminar.
Caralho, mas eu acabo rimando sem notar,
sem pensar, sem precisar!
Talvez esteja na hora de parar com tudo isso
e saborear um café.
Liberte a sua mente nos momentos em que a inspiração se acentua e você começa a falar poesias, ou a cantar canções inexistentes, sem perceber.