Provavelmente, eu sou uma das pessoas mais anti-discriminação que existe no mundo. Não olho nenhuma característica ou gosto alheio ao me aproximar para pedir uma simples informação, muito menos na hora de fazer uma amizade. Ok, às vezes eu sinto um medo involuntário quando me deparo com alguém de cara amarrada demais (
).
Porém, também sou anti-ignorância, anti-desinteresse e anti-alienação. Já debati fervorosamente a temática "homofobia" com uns companheiros de sala de aula, que são preconceituosos mas não admitem. Já debati sobre a ignorância intelectual que muitos gostam de possuir, seja ela por conta de medo religioso ou pura preguiça. E ontem foi a vez de debater bem humoradamente e civilizadamente o tema Nazismo, com o atendente da banca de jornais perto de onde estudo (ambos somos anti-nazismo).
O papo começou após eu me dirigir as revistas de História e Ciência. Eu estava a procura daquelas edições sobre grandes guerras, da qual possuo uma sobre as Cruzadas e outra sobre a era do império Romano; mais especificamente, eu estava atrás de qualquer coisa sobre as Grandes Guerras mundiais. Acabei me deparando com três especiais dedicados ao Nazismo, sendo que um era um livrinho.
Confesso que me assustei, pois não é
nada comum ver uma editora fazendo uma revista especial abordando o nazismo de forma histórica; no máximo, fazem uma revistona sobre a 2ª Guerra Mundial e colocam o nazismo em algum capítulo. E o meu grande temor era me deparar com material que fizesse apologia ao Nazismo, com um acesso tão fácil quanto ao jornalzinho de empregos picaretas (e isso é proibido no Brasil, mas fiscalização é algo que nem sempre funciona por aqui).
Peguei uma das revistas e dei umas folheadas. Era uma edição "200 perguntas e respostas sobre o nazismo", da Editora Escala. A revista possui alguns erros grotescos quanto a 2ª Guerra, ao nazismo e até mesmo com relação a obras artísticas e literárias: a mais tosca foi ver V de Vingança intitulado como um quadrinho 100% baseado no regime nazista e fascista, quando na verdade o contexto histórico é baseado num temor da Inglaterra virar fascista devido a política totalitária de Margareth Taetcher.
Na busca por mais informações sobre a 2ª Guerra, bem como por erros dessa revista, me deparei com algo que eu nunca tinha reparado e que me ensinaram errado até hoje: há pouca informação sobre a perseguição do Nazismo aos negros e, em certo slocais (que nãos ei se são Revisionistas ou não), aparecem coisas como "
o Nazismo exaltava o vigor físico e a estampa, não importando qual fosse a raça. Aquele que revelasse alguma musculatura e virilidade, harmonizada num belo corpo, tinha sua imediata aprovação(...) os alemães viam os negros como uma espécie de "beleza exótica"".E eu não sabia dessa versão da história atrás das Olimpíadas de 1936, aonde tanto falam que Hitler se recusou a cumprimentar Jesse Owens, o atleta negro a ganhar ouro. Mais informações em:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/alem_hitler_olimpiadas.htmFalando sobre anti-semitismo, parei pra pensar numa coisa no mínimo intrigante: condenaram tanto o Nazismo - e com justiça - , mas se esqueceram definitivamente da Inquisição promovida pela Ingreja Católica, há séculos atrásl, que trambém perseguiu e exterminou judeus. Por que raios as coisas são omitidas quando uma religião "importante" está metida no meio??!!!
E o mais engraçado (e cruel) sobre anti-semitismo na 2ª Guerra Mundial: quem conseguiu fugir dos campos de extermínio relatou para "os caras do poder de detemrinados páises na época" sobre a crueldade e localização desses locais. Mas ninguém moveu um dedo para salvar judeus, homossexuais, ciganos e mais o que tivesse nos campos de concentração; demoraram demais dando desculpas a cada momento (e a cada dia, mais gente ia morrendo injustamente). E vira e mexe encontramos informações falando que um dos maiores escopos dos Aliados era libertar os perseguidos e aprisionados nos campos de extermínio, sendo que isso foi uma das últimas coisas a serem feitas!