Autor Tópico: Madonna  (Lida 7456 vezes)

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Offline Idril

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Madonna
« em: Abril 17, 2011, 08:25:43 am »
Material Girl, Rainha do Pop, Mad, Esther (na Cabala), Madonna Louise Veronica Ciccone ou simplesmente Madonna.

Nascida em 16 de agosto de 1958, Bay City, Michigan, descendete de italo-americanos por parte de pai e de franceses canadenses por parte de mãe (seria brasileira se tivesse um "Siva" no meio - piadas infames mode OFF). Mudou-se para Nova York desde 1977 para tentar carreira na dança moderna.

Após se apresentar nos grupos musicais Breakfast Club e Emmy, lançou seu álbum de estreia em 1983. O homônimo álbum, aquele mesmo que têm os sucessos Holiday, Everybody, Lucky Star, Boderline e o não menos conhecido Burning Up. Daí pra frente começou a revolução Pop e até mesmo ideológica com Madonna como condutora: um sucesso atrás de outro, cada álbum de tirar o fôlego, videoclipes modernos e com idéias novas - e alguns deles carregados de polêmicas, principalmente de cunho feminista e sexual (e até mesmo religioso).

Hoje em dia é hilário pensar que Like A Virgin, de 1984, causou certo rebuliço por conta de agumas músicas e clipes: Material Girl e Like A Virgin que falem por sí - ok, eu vejo os videoclipes e ouço as músicas e penso que em 1980 o mundo ainda era muito fechado em casulos esquisitos, especialmente os que tangiam questões sexuais e feministas.

Em 1986, uma das minhas fases preferidas: True Blue. Cabelo curtinho, loiraço, olhos azuis bem marcados com aquelas taturanas a la Malu Mader no rosto. É tosco, mas de todos os clipes dela o meu preferido sempre será "Open Your Heart To Me" - que causou um bafafá basiquinho devido o selinho dado no garotinho que aparece no clipe.

Nessa época Madonna contracenou em alguns filmes que também tinham suas músicas como parte da trilha sonora (muitas vezes sendo o carro chefe do filme): Procura-se Susan Desesperadamente e Quem É Esta Garota (um dos meus preferidos, por sinal).

Também é muito bom olhas pra trás e ver que a polêmica causada pelo video de Like A Prayer, de 1989, mais o comercial desta música feito para PEPSI, é fichinha perto da polêmica causada por Lady Gaga com "Alejandro" - e possivelmente com "Judas". Mais uma vez olho pra 20 anso atrás e vejo que a humanidade de certa forma evoluiu em alguns assuntos, que o cristianismo não anda mais com a bola toda - poxa, se conseguiram banir o comercial da PEPSI em 1989, como não conseguiram banir o videoclipe da Lady Gaga no ano passado? Ou seja, Like a Prayer foi um dos tantos videoclipes que quebraram algumas barreiras a custa de polêmica mas que no final das contas, mostrou que às vezes é preciso um pouco de polêmica mesmo pra mudarmos certas coisas.

Em 1990, filme do Dick Trace. Madonna atua e de quebra integra a trilha sonora do filme ("I'm Breathless"). Foi a época de "Vogue" e seu videoclipe que qualquer garota (incluindo o personagem Blossom Russo) tentavam copiar - e tentam até hoje, vide um episódio de Glee.

Polêmicas. Muitas polêmicas em torno de tabus - mas que hoje em dia soam como fichinhas.

O álbum Erotica, de 1992. Semi conceitual: sexo, sexo, amor, sadô, homoerotismo e sexo. E na mesma época o livro SEX e o filme "Na Cama Com Madonna". Clipes muito bem feitos: "Rain" é apenas um dos meus preferidos. Foi nesta época que Madonna veio ao Brasil pela primeira vez  - eu tinha meus 7 aninhos, era fã mirim dela e lembro do rebuliço todo na época (minhas irmãsn ão foram no show e creio que foi por conta do preço e da procura por ingressos)

"Blonde Ambition Tour", dita como a melhor turnê de Madonna - ou pelo menos como uma das melhores. "The Girlie Show". Performances bem teatrais no palco, trocas de vestuário e muito mais.

"Bedtime Stories", de 1994, é aquele que considero como uma de suas obras primas musicais. O álbum demorou para ser lançado por problemas de produção, mas quando saiu compensou: o álbum contou com a produção de Björk, possuia um som atual e maduro, com pitadas de R&B e aquele Q de Björk em algumas canções. "Secret" é a encarnação viva do R&B no álbum. "Human Being" foi uma resposta a todos que a criticaram ferozmente pela fase Erotica. "Take A Bow" foi a balada romântica em parceria com Babyface - e que foi lavo das feministas, de novo! E "Bedtime Stories" foi uma quase viagem ao subconsciente.

De "Bedtime Stories" até "Ray Of Light" foi um período de semi-silêncio: uma música aqui e alí, Evita, Lourdes Maria nascendo. E quando "Ray Of Light" veio ao mundo, em 1997, veio com um som atual, repaginado e mais maduro ainda do que fora no álbum anterior: quer prova de que a Material Girl podia envelhecer mas sem perder o compasso do cenário musical de cada época - e mais ainda, ditando até mesmo novos conceitos e caminhos?

Não sou muito fã da Era Music adiante. Ok, Madonna entrou no jogo da música atual ao seu modo, porém desde Music não consigo ouvir um álbum dela do início ao fim: me resumo apenas aquela música e outra. Enfim.

Madonna não se resumia somente a uma artista de estúdio, a uma cantora e ainda não se resume a isso: compoem, canta, dança, atua, produz videoclipes sensacionais para suas épocas, ditou muita moda, atitude, idéias. É sim a Rainha do Pop - com licença, o cargo de Deusa do Pop ainda pertence a Cher e nem tentem roubá-lo! A idade chega, as performances e os álbuns podem não ser mais a mesma coisa de 15 anos atrás - porém titia Madonna ainda consegue mostrar que tem gás e que pode continuar no cenário Pop por muito tempo, nem que seja apoiando uma cantora aqui e alí e acabando com aquele papo cri-cri de que "todos a copiam".


* Aliás, o movimento feminista nunca ficou inteiramente satisfeito com Madonna: ora a elogiavam demais, ora a criticavam absurdamente (e por nada): vide Express Yourself, do álbum Like A Prayer de 1989: a música é um hino feminista e grupos feministas entenderam o oposto - e Madonna explicou e explicou e explicou mais de três vezes o sentido da música. Outras músicas alvos de elogios e críticas que valem destaque: Papa Don't Preach e Take A Bow.
« Última modificação: Abril 18, 2011, 05:20:48 am por Idril »
EU SOU RICAAAAAAAAAAAAA!!!
:eusourica: