1 - GP da Austrália - Melbourne, 18 de MarçoFaziam dois anos que eu não ficava acordada de madrugada pra assistir um GP de Fórmula 1 na Austrália (no Japão, então, nem se fala... faz mais tempo ainda). Como eu ando bem entusiasmada com a aposentadoria do Schumacher, o que deu muito mais emoção a F1 (não tinha graça nenhuma ver as corridas e saber que só daria Schumacher o tmpo todo), e com a enorme probabilidade do Felipe Massa ser campeão, resolvi que neste ano vou acompanhar com grande afinco a Fórmula 1 - sim, eu não acompanho um GP assim desde a terceira ou quarta temporada do Rubinho Barrichello na Ferrari.
Falando sobre o que vi no GP da Austrália e deixando o papo-furado de lado. Foi uma corrida muito boa, muito gostosa de se assistir, com boas disputas por posições, alguns "chega pra lá", novatos mostrando todo o potencial e com algumas bizarrices típicas de pilotos que, IMHO, estão mais na Fórmula 1 pra fazer cagadas do que pra pilotar.
A nova regra sobre a troca de pneus (a tal alternância entre pneus moles e duros) me chamou a atenção e promete um troca-troca de posições nos GP's seguintes. Pra quem não sacou ainda que diferença isso trará: de repente, fulano de tal está indo suuuuuper bem utilizando pneus duros e, no próximo Pit Stop, é obrigado a colocar pneus moles, o que muito provavelmente oderá piorar o seu desempenho ou, quem sabe, melhorar um pouco mais.
EquipesJá deu pra sentir que a Sauber BMW vai dar trabalho pra Ferrari, McLaren e Renault. Desde que a BMW comprou a Sauber (isso em 2005), muitas coisas mudaram pra melhor dentro da equipe (antes a Sauber recebia motores Ferrari, geralmente os utilizados na temporada anterior, mas mesmo assim víamos que os carros mais quebravam e ficavam entre os últimos devido fatores de aerodinâmica e, talvez, de pilotos também).
A Honda, embora ainda esteja aquém do fuzuê causado no anúncio da sua volta ao mundo da Fórmula 1 (no ano passado), mostrou um bom serviço em Melbourne. Ok, Jason Button só fez merda e atrapalhou meio mundo com toda a lentidão do seu carro e da sua própria pessoa, mas Rúbens Barrichello foi muito bem pro tanto que eu esperava que ele fosse quebrar no meio da corrida, terminando na 11ª posição e andando mais rápido que o Felipe Massa quando estes dois estavam atrás de Jason Button, bem como após ambos terem ultrapassado o inglês.
A Ferrari tá boa e, de certa forma, tá me fazendo lembrar daquela época em que Senna e Prost, dois pilotos míticos e inigualáveis, dividiam o ego e as pistas cada um a bordo de uma McLaren. Obviamente que existem grandes diferenças entre Massa/Haikonnen e Senna/Prost, como o temperamento que cada dupla tinha fora e dentro das pistas, o status que cada um tinha na época, bem como o estilo de piltotagem (embora eu ache que o Massa ainda tem um pouco do estilo agressivo do Senna, coisa esta que foi muito vista na época em que ele corria pela Sauber). Mas os motivos por tal comporação da minha parte são bem simples de serem entendidos e revividos na memória de todos que pegaram a época de Ayrton Senna e Alan Prost na McLaren: temos dois pilotos suficientemente bons e com uma imagem muito boa perante a mídia quanto as suas qualidades técnicas como pilotos de F1, além de serem dois grandes favoritos a disputa do título eestarem na mesma equipe.
Há quem vá discordar da comparação acima e falar que a dupla da Ferrari mais embra Mansell e Patrese, na Williams de 1992. Eu já discordo desta comparação pelo fato do Patrese não ter sido favorito ao título de 1992 e pelo fato do Mansell ser disparado o piloto número 1 da equipe inglesa. Pra mim, a dupla da Williams de 1992 mais se assemelha aquela outra infame que a Ferrari teve: Shcumacher/Rubinho. E nesta temporada, por enquanto não vi nenhuma equipe que possua uma dupla pra ser comparada a Mansell e Patrese; Alonso e Hamilton definitivamente também não, pois temos um bi-campeão e um novato numa mesma equipe, ambos com grande potencial e capacidade de ganharem o título neste ano.
Já que acabei caindo no assunto "McLaren", parece que neste ano a coisa vai pra frente. Eles tem Alonso e Hamilton, o novato que promete e muito nesta temporada. A disputa do título de pilotos e construtores vai ficar entre McLaren e Ferrari muito provavelmente, com uma chance muito boa da Renault aparecer pra atrapalhar a monotonia da hegemonia dessas duas equipes "again". Ah sim, e a BMW Sauber, conforme eu já disse, pode nos surpreender também!
PilotosNão vou falar de todos, obviamente. Só irei citar aqueles que mereem algum destaque.
Haikonnen: Largou e correu bem, embora eu o ache meio sem sal nas corridas. Disparou lá na frente, só perdeu e ganhou posições com os seus pit stop, bem como com o dos adversários. Quase colocou tudo a perder ao dar uma pequena escapadinha na pista, perto das voltas finais.
Nota: 8,5 Alonso: Achei o espanhol meio tímido nesta corrida. Ou ele ainda está sentindo toda a força da nova McLaren ou a McLaren deste ano não é lá tudo aqilo que dizem. Ou quem sabe, os pneus não ajudaram muito!
Nota: 7,5 Hamilton: O novato inglês é fã de Senna e não sei se a cor do capacete remete a essa idolatria - mas que o capacete é bonito, isso é! Fez uma oa estréia e roubou a cena da vitória de Haikonnen, IMO. Deu algumas escapadas pequenas, mas nada que tire o brilho do seu rimeiro pródio na Fórmula 1 - e logo como estreante!
Nota: 9,0 Heidfeld: Não prestei muita atenção nele graças a transmissão, que tinha horas qe sismava em mostrar disputas entre os últimos colocados, a mostrar o Haikkonen ou sei lá o que.
Nota: Um 8,0 pela colocação. Fisichella: Deu um "chega pra lá" no compatritoa Iarno Trulli, da Toyota, ao sair dos boxes. Fez uma corrida bem típica dele, andando alí nas osições anteriores ao pódio, sem errar e sem ameaçar quem está na frente - mas dificultando a vida de quem vinha atrás.
Nota: 7,0 Massa: Fez uma corrida impecável. Fez algo que poucos fizeram: saiu da última posição pra figurar na zona de pontuação, ou melhor ainda, entre os seis primeiros colocados. Provavelmente, se ele freasse menos bruscamente em curvas importantes, teria conseguido uma quarta colocação (e teria passado Barrichello e Button quando estes estavam lá na área da 12ª posição). Se ele pisasse mais no acelerador, isso também poderia ter acontecido, mas em estréia numa temporada no qual você é o favorito ao lado do parceiro de equipe, a prudência que ele adotou foi muito bem-vinda e não o prejudicou no grid de forma alguma.
Nota: 8,5 Kovalainnen: Só fez caca. Devia estar dormindo enquanto dirigia sua Renault. Mas até que conseguiu segurar três pilotos atrás dele, entre eles, Felipe Massa.
Nota: 6,0 Barrichello: Fez o que podia com sua Honda e, mesmo assim, foi um pouquinho além disso. Desbancou o queridinho da Honda, Jason Button, e terminou em 11º lugar, bem a frente do inglês. Nota:
7,0 Coulthard: Devia estar com taaaaaaanta pressa que chegou a atropelar um carro, quase obrigando a entrada do safety car (o que eu adoraria ver naqueles momentos finais da corrida).
Nota: 5,0