Calma, gente. Tempo é preciosos e gera dinheiro, logo, não posso passar o tempo todo aqui contando meu caso de ódio com carunchos japoneses.
Parte 3 - CasaIndo a pé pra casa. Pensando em como preparar o arroz - muito provavelmente, Idril faria um simples e não muito autêntico gohan. E eis Gondolin, ou melhor dizendo, o apartamento aonde a elfa míope mora!
Após trocar de roupa, se refrescar um pouco e pensar mais ainda, Idril encaminhou-se a cozinha, pegou o saco de arroz e todos os utensílios necessários para prepará-lo: panela, escorredor e uma colher bem grande pra ajudar na separação do arroz.
O saco de arroz é aberto.
Idril pega dois punhadinhos de arroz, com a colher (assim ela tentou) e joga no escorredor. Água jorra da torneira em direção ao arroz branco japonês no escorredor, quase jogando todos os grãos pra fora em direção a pia; a elfa diminiu a quantidade d'água escorrendo na torneira.
Após jogar bastante água, Idril começa a passar a colher no arroz pra separar e ver se encontra pedras, outros tipos de grãos e, quem sabe, algum bicho su...SSSPEEEEEITOOOOOO!!!!
- Que grão estranho é esse, com ponta preta, meio queimado... - Idril pega o "grão" com a colher e est "grão" se meche de leve. - AAARRRGHHHHHH!!! BICHO DE ARROZ!!! BICHO DE ARROZ!!! ARROZ VIVO!!! LARVA DE CARUNCHO!!
Inicia-se então a Operação Xô Caruncho.
A elfa despejou o arroz todo do saco numa vasília grande, deixando uma vasília vazia para a qual o arroz separado e livre de carunchos iria. Uma colherada do arroz carunchento era posta num coador pequenino e, alí mesmo, Idril ia fazendo a triagem, procurando por carunchos. Conforme os punhados encontravam-se sem carunchos, ela despejava na vazia limpa, mas se aparecesse algum bicho infeliz em meio ao punhado, dá-lhe a remover o bicho, jogá-lo numa outra vasilha cheia de Coquetel Da Tia Arwen.*
- Não, isso aqui é só um arroz quebrado ao meio... Esses daqui são outros provavelmente mastigados por esses bichos asquerosos... E esses daqui são arroz miraculosamente intactos..... E esse daqui é uma larva mesmo, jamais que um arroz fica curvado nessa posição em forma de O.
- É, Idril, - torna a consciência dela, ou o que seja - eu te falei pra comprar do outro arroz, mas você não me deu atenção.
- Cala a boca. Já tô morrendo de ódio e nojo desses bichos, e agora lá vem você colocar raiva em mim contra eu mesma.
- Vai, deixa esse arroz de lado, joga ele num saco, numa vasília, liga pro Carrefour e entra em contato com o fabricante. De repente, eles te enviam um saquinho de Furikake e vidros de shoyo como um "fique quieta".
- Sim, sim, talvez mandem também junto com um arroz NOVO!
- Então? Larga isso logo, mulé!
- Já largo... Olha só que filho dumqa pu**! Tá se fingindo de morto, ou melhor, de grão de arroz, só pra eu não pegá-lo e jogá-lo no Coquetel da Tia Arwen!!! Além de japoneses, são carunchos adestrados!!! :o.o:
- Eles se fingem de mortos como muitos animais, pra se protegerem...
- Como se o fato dele "estar morto" fosse fazer co mque eu o mandasse pra panela junto com o arroz. :muro:
O pai de Idril entra na cozinha.
- O que é isso? Tem muito bicho aí?
- Aham. E tô pensando seriamente em preparar gohan de caruncho.
- Exagerada - responde a mente de Idril.
- Esse arroz é aquele que você compra sempre, o integral?
- Não, pai. E se fosse, eu estaria perdida: já é difícil achar essas larvas nojentas no arroz branco, quem dirá em arroz integral (que é moreninho).
- Ah, tá.
Após se irritar com as larvas (umas cinco, mais ou menos), bem como com um caruncho criado, o besourinho em sí, a elfa se irritou e jogou todo o arroz numa sacola do mercado e o enfiou dentro de um pote velho de sorvete.
Agora vinha a parte mais chata de tudo: reclamar com o mercado, por ter vendido coisa velha e estragada, bem como com o fabricante, que tem como obrigação trocar um produto estragado ou imrpórpio para o consumo.