Idril, acho que na sua mais que justificada revolta vc deixou algumas partes do seu post meio confusas, então não entendi se era p/ colocar links do Orkut aqui ou não. Se não era, depois eu tiro, tá?
Tbm tem essa aqui, mas tá parada:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=6140954Pesquisei um pouco e achei isso:
http://www.portaldovoluntario.org.br/acao.php?idacao=1448e isso:
http://www.mds.gov.br/servicos/servico06.aspTem o fone 0800-990500, que funciona em todo o Brasil, é possível denunciar anonimamente.
sse problema de violência infantil sempre existiu em nosso país e no mundo afora. Sempre me perguntei porque raios duas pessoas colocam uma outra no mundo, na maioria das vezes sabendo que não dá para assumir essa responsabilidade chamada Filho, pra depois abandonar ou espancar até a morte? Esquecimento de metodos anticoncepcionais na hora do "Vamu Vê" não é mais desculpa; fez, gostou, então assume o resultado, merda!
Infelizmente o buraco é mais embaixo. Qualquer hora eu faço um pequeno estudo sobre "Alienação" e coloco por aqui, mas agora, resumindo, o que acontece é que na maioria das vezes
não, eles não sabem que não dá p/ assumir essa responsabilidade,
porque não têm nem noção da responsabilidade que é ter um filho. Não assumem o resultado porque não conseguem nem assumir as próprias vidas, tomar rédeas das próprias vidas.
Alienação é desligar-se da realidade, para não sofrer. Não, não é necessariamente um processo consciente, muito pelo contrário. É uma escapatória que a psiquê usa para não enlouquecer (mas não deixa de ser um estado psicológico bem longe no desejável). Os caminhos que levam alguém a alienar-se não são nem poucos nem agradáveis. Normalmente a pessoa já vem de um histórico de abusos e privações, de falta de perspectivas, já é consequência de pais alienados.
O alienado não cuida de sí mesmo ou porque nunca foi cuidado, ou porque está numa situação tão exasperadora que não tem meios para tal. E quem não consegue cuidar de si mesmo não consegue cuidar de outrem. E o ciclo vicioso se perpetua. O alienado não tem noção das consequencias de por um filho no mundo; cria de qualquer jeito, ou nem cria;
As vezes, pode-se pensar que os pais (ou, geralmente, só a mãe, porque nesse mundo somos nós, mulheres, que muitas vezes temos que arcar sozinhas com as consequencias da alienação de ambos) que entregam seus filhos para adoção são desumanos. Permitam-me defende-los. Quem entrega seu filho para a adoção tomou consciência de que não condições para criar e que essa falta de condições terá consequencias negativas para o filho. Desumanos são os que, independente de condição social, abandonam seus filhos dentro da própria casa, negligenciando-os na melhor das hipóteses, e abusando, torturando e até matando, na pior. E quando falo de negligência, abuso e tortura me refiro tanto ao físico quanto ao psicológico. O que é ainda mais complicado, porque um perito pode atestar que uma criança foi queimada com uma faca quente, mas quem pode provar que uma criança sofreu abuso e/ou tortura psicológica? Ah, sim, decerto um psicólogo, depois de muitas e muitas horas de psicanálise, mas isso só será possível depois que o estrago já foi feito - estrago esse que nem um milhão de horas de psicanálise vão consertar.
Mas nem o nosso nem o governo de países ditos "desenvolvidos" tem um trabalho sério quanto à prevenção de males psicossociais, e, como sempre, os mais fracos sofrem.
Fodam-se quem diz que não devemos opinar quanto a isso, nos posicionar ou seja lá o que for! SdP desde o início TEM esse ideal "mudar o mundo". E vocês sabem disso. O que me revolta é ver muita gente não dando a mínima pra esse tipo de problema e para outros também de suma importância.
Não sei se alguém tem o direito moral de dizer que não devemos opinar quanto a isso. Me desculpem os católicos e evangélicos fundamentalistas, mas se padres (bispos, cardeias, papas...) que nunca casaram e que oficialmente nunca terão filhos se acham no direito de opinar sobre a saúde reprodutiva de seus fiéis, ou pastores que ganham porcentagens das contribuições dos seus, eu, enquanto ser humano e pensante, independentemente da minha fé religiosa, tenho a obrigação de opinar, sim, e me posicionar a favor do que é mais racional. Temos aqui visões embasadas em diferentes níveis, indo do micro para o macro:
1 - Um casal só tem condições de sustentar (em todos os sentidos - alimentação, saúde, educação, lazer, socialização, AFETO) uma quantidade muito pequena de filhos. Ah, alguém pode dizer, mas quem tem mais renda pode pagar babás/tutores/preceptores para cuidar das crianças, e quem é mais pobre pode apelar para avós/vizinhos/amigos para ajudar. Bem, todos estes podem ajudar em muita coisa, mas não poderão nunca substituir o AFETO MATER/PATERNAL. Amor de mãe e de pai é único, não tem como substituir ou comprar.
2 - Uma sociedade precisa manter toda sua população, caso contrário, é uma sociedade negligente. Cuidar dos velhos e cuidar dos jovens, sem excessão. Hoje vemos escolas públicas com uma professora mal-paga e desatualizada (com todo respeito, entendo muito bem que na maioria das vezes não é por sua própria opção) lecionando para 35, 40 alunos. Que aproveitamento terão? Além, é claro, da imensa massa de desempregados. A maioria dos quais, o quê? Pessoas de baixa escolaridade, vindas de famílias numerosas.
3 - Sejamos realistas: nosso planeta não aguenta mais tanta gente. Tem gente demais, fazendo estrago demais. Se qusiermos sobreviver como espécie, temos que diminuir a população total dela.
Então, Idril, não só podemos como temos o dever de opinar, pois, afinal, também é NOSSO planeta, NOSSA sociedade, e se nós mesmos não pudermos decidir o tamanho da nossa própria família, que mundo é esse?
E, para não deixar de ser Luinwen, minha contribuição especial: Acredito piamente que todos, sem excessão, que entram em idade fértil devem passar por um teste psicológico, a ser repetido anualmente, para avaliar sua condição/capacidade/estrutura para a mater/paternidade. É, que nem tirar carta de motorista. E quem não passasse deveria ser, de alguma forma, impedido de gerar filhos até a próxima prova anual. Radical? Com certeza!!! Mas se dirigir um carro, que pode matar alguém, exige uma prova de capacidade, porque então gerar uma pessoa, que é uma responsabiliade muito maior, pode ser feito por qualquer sem-noção?